Não é porque trata-se de uma “tendência” que será garantia de sucesso no seu novo produto ou negócio.
Estamos justamente no fim de 2024 e esta é a época em que começam a proliferar inúmeras listas de tendências para o próximo ano, uma espécie de prognóstico futurista, um Nostradamus do consumo. Cuidado. Para entender o mercado, o consumidor e suas necessidades, é preciso um olhar amplo e ajustado para a realidade de cada ambiente.
O conceito de tendência é muito mais profundo do que a última viralização ou desafio proposto pelas redes sociais. Uma tendência é formada a partir de forças externas, como o contexto demográfico, o cenário econômico, o sistema sociocultural, o ambiente natural, entre outras. Basicamente são variáveis que influenciarão a decisão do seu consumidor, na sua região, com as particularidades que a ele se impõem, aqui denominadas necessidades.
Tendências, quando aplicadas ao setor de alimentos e bebidas, ganham um fator de complexidade extra. Não regem apenas aspectos fisiológicos (necessidade de nutrição), emocionais, socioculturais, econômicos ou demográficos, como também sensoriais. Comer e beber para nós, humanos, vai além da saciedade da fome, é fonte de prazer. E as decisões de compra de um determinado alimento ou bebida também serão medidas, consciente ou inconscientemente, por esta ótica na mente do consumidor.
Sendo este tema de tendências, então, um verdadeiro cubo mágico, que sofre impacto a cada movimento, seria raso da nossa parte emitir uma simples lista do que será tendência no ano seguinte. E se tem algo que não é muito responsável por parte de um pesquisador, é a superficialidade. E é por isso que sugerimos analisar tendência com uma pitada de critério, como diz o título.
Tendências existem, sim, não podemos negá-las, mas transformá-las em uma proposta de produto ou serviço vai além da replicação de conceitos. É preciso entender quem é o seu consumidor, quais são as suas dores, as suas realidades e necessidades para poder agregar massa crítica ao movimento. Estamos aqui analisando um ser humano, com a complexidade que o caracteriza, e que afinal, será ele quem estenderá o braço na gôndola do supermercado, concluirá a compra online com o seu produto ou decidirá ir ao seu restaurante.
No processo de desenvolvimento de um novo produto, podemos sim, partir de uma tendência identificada, mas é preciso estudar a fundo o contexto do seu mercado e do seu consumidor para adaptar, se houver aplicação coerente, este macromovimento de consumo ao seu público da sua empresa ou marca.
Vamos a um exemplo prático. Há uma tendência já estabelecida em alguns mercados mais maduros quanto à redução do consumo de álcool. A resposta da indústria foi o lançamento de bebidas zero álcool e vem obtendo êxito neste movimento em vários países, inclusive no Brasil.
Imaginemos que a sua empresa produz uma bebida mista alcoólica de baixo custo, vendida em garrafas plásticas de 2 litros para compartilhar. Seus principais clientes são distribuidores que estão associados a festivais e eventos em que – propositadamente – as pessoas frequentam para consumir álcool, como por exemplo uma viagem de jovens recém formados do ensino médio a Porto Seguro, na famosa “passarela do álcool”. Faz sentido, para este público, para esta carteira de clientes, para esta marca, para este produto, lançar uma versão da sua bebida zero álcool? Qual será a porcentagem de jovens que se converterão a esta proposta? Qual o risco deste lançamento não sobreviver? O que fazemos com uma tendência para um cenário como este?
(Tendência + critério) * contexto = maiores chances de êxito.
E para ajudá-los com esta fórmula, estamos nós, os pesquisadores.
Eu sou a Lígia Moraes, consultora para negócios de Alimentos e Bebidas, fundadora da Fair Food Consulting – e este é o meu aperitivo para o seu fim de ano.
A razão pela qual a Fair Food Consulting existe no mundo é apoiar os empreendedores na jornada de inovação e lançamento de um novo produto ou serviço na categoria de alimentos e bebidas. Eu sou Cientista de Alimentos pela USP (Universidade de São Paulo), pós graduada pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e Sommelière pela EAS (Escuela Argentina de Sommeliers) e a minha paixão é interpretar os hábitos e atitudes do ser humano nas escolhas do comer e beber – quando ele passa a ser não só um consumidor, mas também, um comensal, aquele que se alimenta frequentemente à mesa.
A Fair Food entende que a nossa relação com a mesa, este mobiliário aparentemente simples, representa uma duradoura sequência de etapas da vida humana. Nascemos em uma mesa cirúrgica, provamos nossas primeiras colheradas de papinha na mesa do cadeirão, aprendemos a ler e escrever sobre uma mesa de estudante, nos reunimos à mesa de refeições. Fazemos jantares românticos, assinamos contratos, fechamos negócios, solucionamos conflitos, tomamos um cafezinho. Até mesmo nos dedicamos a reservar uma mesa em restaurantes. Importante, não?
Aqui na Fair Food temos a nossa mesa de estudos, a qual convidamos você para estar conosco, construir o seu projeto de alimentos e bebidas e fazer dele o novo produto a ser saboreado em novas mesas pelo mundo. Será um prazer sentarmos à mesa com você.
Fair Food Consulting, da mesa de ideias para a mesa do consumidor.